sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Rompendo o silêncio.

     A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006) consiste em um instrumento de grande importância no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.




    A violência doméstica e familiar contra a mulher é um grave problema recorrente no Brasil. De acordo com a Sociedade Mundial de Vitimologia, cerca de 23% das mulheres no país estão sujeitas a violências no ambiente doméstico. Os danos causados à vida familiar por conta desse problema se refletem inclusive, de forma bastante negativa, no desenvolvimento dos filhos. Estudos realizados  pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apontam que filhos e filhas de mães vítimas de violência apresentam um número três vezes maior de chances de adoecerem e 63% dessas crianças reprovam pelo menos uma vez no colégio, desistindo dos estudos em média aos nove anos de idade. Vale ressaltar que ao citarmos violência contra mulher, não nos restringimos  apenas na ideia de agressão física, mas também a verbal, psicológica e até mesmo a sexual.
    No dia 25 de novembro, comemora-se o Dia Internacional do Combate à Violência contra a Mulher, mas poucas mulheres na situação de abuso são beneficiadas pela data. Não somente porque não sabem da existência da mesma, mas mesmo ao saber  não têm forças para tomar uma atitude diante da violência de que são vítimas.
     Partindo dessa ideia o projeto Raabe, que é desenvolvida pela autora Cristiane Cardoso, lançou no dia 24 de novembro a "Caminha Rompendo o Silêncio" em todos os estados do Brasil e também em alguns países, na qual todas as mulheres que fazem parte do Força Jovem, obreiras, evangelistas e convidadas se reuniram numa caminhada que tinha por objetivo levantar a bandeira contra essa violência às mulheres.
     Em Belém, a caminhada foi iniciada na Aldeira Cabana, que fica localizado no bairro da Pedreira e foi até o Cenáculo do mesmo bairro. Na ocasião, tiveram palestras, teatro e dança em que buscavam retratar com as mulheres sofrem violência em casa, na escola ou até mesmo no trabalho e como estas deveriam lidar com a situação, além desse momento, elas também eram orientadas  por advogadas e delegadas na melhor forma de se precaver contra atos violentos e até mesmo como buscar ajuda se estiver sofrendo ainda algum tipo de abuso.




      Por isso, para que haja uma resolução mais eficaz do problema em questão, é fundamental que sejam feitas palestras, caminhadas, reuniões que faça com que as mulheres tenham ajuda e força para denunciar e assim dar um basta a situação de violência em que vivem. O intuito desse  trabalho consiste em auxiliar no combate à violência em questão, por meio da análise da violência doméstica e familiar contra a mulher e da importância da Lei Maria da Penha, da identificação e da discussão dessas dificuldades na nossa sociedade.










































Texto: Suzana Diniz
Fotos: Jeruza Neves

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